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O papiro de Moscou foi escrito em hierático por volta de 1850 a.C., por um escriba desconhecido. Tem cerca de 8 cm de largura e 5 metros de comprimento. Na imagem vê-se a parte do papiro de Moscovo, correspondente ao problema 13, e a respectiva tradução em hieróglifos. | ||||||||||||||||||||||||||||||||
O conteúdo do Papiro de Moscou é de acordo com Clagett (1999) e Gillings (1982) o seguinte.
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É papel do educador combater o medo de errar que inibe, as possibilidades de realização e satisfação. "Prof. Marcondes Diniz Martins"
sábado, 28 de novembro de 2009
A história dos problemas "O papiro de Moscou"
A história dos problemas"Papiro de Berlim"
Papiro de Berlim | |||
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O papiro de Berlim data, aproximadamente, de 1800 a.C. e encontra-se no Museu Staatliche, em Berlim. | |||
O papiro de Berlim foi comprado por A. H. Rhind, em Luxor, em 1850, na mesma altura que o papiro de Rhind, mas encontrava-se em mau estado e só foi analisado e restaurado cerca de 50 anos mais tarde por Schack-Schackenburg. Neste papiro aparece pela primeira a solução de uma equação do 2.º grau. Dois dos seus problemas, apresentados a seguir, dão origem a um sistema de duas equações, sendo uma delas uma equação do 2.º grau. Na notação atual os sistemas de equações envolvidos nos problemas são: x2 + y2 = 100 e 4x - 3 y = 0 (Problema 1) x2 + y2 = 400 e 4x - 3 y = 0 (Problema 2) Problema (1) (citado por Gillings) Problema (2) |
A história dos problemas"O papiro do Cairo"
O papiro do Cairo, que se encontra atualmente no museu do Cairo, data, provavelmente, do século III a.C. e está escrito em demótico. Foi descoberto em Tuna el Geber em 1938/39. Contém 22 fragmentos que combinados dão um papiro que deveria ter 2 metros de comprimento por 35 cm de largura. O papiro contém 40 problemas, distribuídos por 20 colunas e na sua parte de trás está o código legal de Hermopolis.
Alguns dos seus problemas revelam uma forte influência de textos Babilónios, entre estes estão os que envolvem o teorema de Pitágoras.
Clique nos números para ter acesso a alguns dos problemas deste papiro.
1 | Ilegível |
2 e 3 | Divisão de 100 por 17+2/3 e por 15+2/3, respectivamente |
4 e 5 | Problemas envolvendo séries de frações unitárias. Determinação do que deve ser adicionado a 1/210 para obter 1/120 e do que deve ser adicionado a 1/510 para obter 1/480, respectivamente |
6 | Ilegível |
7 a 18 | Problemas relacionados com as medidas de panos de velas, que envolvem "equações do 2.º grau" |
19 a 21 | Não totalmente legíveis, provavelmente envolvendo o cálculo de juros |
22 | Falta o bocado do papiro referente a este problema |
23 | Um exercício aparentemente envolvendo o cálculo da metade de frações |
24 a 31 | Problemas envolvendo o "Teorema de Pitágoras" |
32 a 40 | Problemas envolvendo áreas e volumes |
A história dos problemas "Papiro de Rhind"
O papiro de Rhind está escrito em hierático, da direita para a esquerda, tem 32 cm de largura por 513 cm de comprimento. É datado de cerca de 1650 a.C., embora no texto seja referido que foi copiado de um manuscrito, de cerca de, 200 anos antes.
O papiro tem o nome do escocês Alexander Henry Rhind que o comprou, por volta de 1850, em Luxor, no Egipto. É também designado por papiro de Ahmes, o escriba egípcio que o copiou. Encontra-se atualmente no Museu Britânico.
O papiro contém uma série de tabelas e 84 problemas e as suas soluções. Eis uma listagem das suas tabelas e problemas:
Cálculos que mostram 2 dividido por cada um dos números ímpares de 3 a 101. | ||
Uma tabela contendo os resultados da divisão de cada número de 1 a 9 por 10. | ||
1 a 6 | Divisão de 1, 2, 6, 7, 8 e 9 pães por 10 homens. | |
7 a 20 | Multiplicação de diferentes frações por 1 + 1/2 + 1/4 ou 1 + 2/3 + 1 /3 21-23: Subtrações: 1 - (2/3 + 1/15), 1 - (2/3 + 1/30) e 2/3 - (1/4 + 1/8 + 1/10 + 1/30 + 1/45). | |
24 a 29 | Problemas de quantidades, envolvendo equações do 1.º grau com uma incógnita, resolvidas pelo método da falsa posição. | |
30 a 34 | Problemas semelhantes aos anteriores, mas mais complicados (envolvendo frações) e resolvidos pelo método da divisão. | |
35 a 38 | Problemas de hekat (medida de capacidade), envolvendo equações do 1.º grau com uma incógnita mas ainda mais complexas que as anteriores, resolvidos pelo método da falsa posição. | |
39 | Divisão de pães. | |
40 | Divisão de pães envolvendo progressões aritméticas. | |
41 a 43 | Volumes de contentores cilíndricos de cereais. | |
44 a 46 | Volumes de contentores paralelepipédicos de cereais. | |
47 | Tabela das frações de 1 hekat, como frações do olho de Horus. | |
48 a 53 | Áreas de triângulos, rectângulos, trapézios e círculos. | |
54 e 55 | Divisão relacionada com área. | |
56 a 60 | Problemas relacionados com pirâmides (sekeds, alturas e bases) | |
61 e 61B | Tabela de uma regra para encontrar 2/3 de números ímpares e fracções unitárias. | |
62 | Problema de proporções, sobre metais preciosos e os seu peso. | |
63 e 65 | Divisão proporcional de pães por um número de homens. | |
64 | Problema envolvendo uma progressão aritmética. | |
66 | Divisão de gordura. | |
67 | Proporção de gado devido a imposto. | |
68 | Divisão proporcional de cereais entre grupos de homens. | |
69 a 78 | Problemas de pesus de pão e cerveja. Proporção inversa. | |
79 | Progressão geométrica de razão 7. | |
80 e 81 | Tabelas das fracções do olho de Horus. | |
82 a 84 | Problemas (pouco claros) sobre a quantidade de comida de vários animais domésticos, como gansos e outras aves |
Grandes Matemáticos
Euclides (c. 330 a. C. - 260 a. C.) nasceu na Síria e estudou em Atenas. Foi um dos primeiros geómetras e é reconhecido como um dos matemáticos mais importantes da Grécia Clássica e de todos os tempos.
Muito pouco se sabe da sua vida. Sabe-se que foi chamado para ensinar Matemática na escola criada por Ptolomeu Soter (306 a. C. - 283 a. C.), em Alexandria, mais conhecida por "Museu". Aí alcançou grande prestígio pela forma brilhante como ensinava Geometria e Álgebra, conseguindo atrair para as suas lições um grande número de discípulos. Diz-se que tinha grande capacidade e habilidade de exposição e algumas lendas caracterizam-no como um bondoso velho.
Conta-se que, um dia, o rei lhe perguntou se não existia um método mais simples para aprender geometria e que Euclides respondeu: "Não existem estradas reais para se chegar à geometria".
Outro episódio sobre Euclides refere-se a um dos seus discípulos, o qual, resolvendo ser espirituoso, depois de aprender a primeira proposição de geometria lhe perguntou qual o lucro que lhe poderia advir do estudo da geometria. Nesse momento, Euclides - para quem a geometria era coisa séria - chamou um escravo, passou-lhe algumas moedas e ordenou que as entregasse ao aluno: "já que deve obter um lucro de tudo o que aprende".
Euclides é exemplo do "Puro Homem da Ciência", que se dedica à especulação pelo gosto do saber, independentemente das suas aplicações materiais.
Embora se tenham perdido mais de metade dos seus livros, ainda restaram, para felicidade dos séculos vindouros, os treze famosos livros que constituem os Elementos (Stoicheia). Publicados por volta de 300 a. C., aí está contemplada a aritmética, a geometria e a álgebra.
Muitos outros textos lhe são atribuídos, dos quais se conhecem alguns títulos:
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Divisões de superfícies,
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Data ( continha aplicações da álgebra à geometria numa linguagem estritamente geométrica),
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Pseudaria,
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Tratado sobre Harmonia,
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A Divisão (continha muito provavelmente 36 proposições relativas à divisão de configurações planas),
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Os Dados (formavam um manual de tabelas, servindo como guia de resolução de problemas, com relação entre medidas lineares e angulares num círculo dado),
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Óptica (seria um estudo da perspectiva e desenvolveria uma teoria contrária à de Aristóteles, segundo a qual é o olho que envia os raios que vão até ao objecto que vemos e não o inverso).
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Os fenómenos (celestes) (pensa-se que Euclides discorreria sobre Geometria esférica para utilização dos astrónomos),
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Porismos (um dos mais lamentáveis desaparecimentos, este livro poderia conter aproximações à Geometria Analítica).
O trabalho de Euclides é tão vasto que alguns historiadores não acreditavam que fosse obra de um só homem. Os trabalhos matemáticos que chegaram até nós foram inicialmente traduzidos para árabe, depois para latim, e a partir destes dois idiomas para outras línguas europeias.
Embora alguns conceitos já fossem conhecidos anteriormente à sua época, o que impossibilita uma análise completa da sua originalidade, pode-se considerar o seu trabalho genial. Ao recolher tudo o que então se conhecia, sistematiza os dados da intuição e substitui imagens concretas por noções abstractas, para poder raciocinar sem qualquer apoio intuitivo.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
EQUAÇÕES LITERAIS
As equações do 2º grau na variável x que possuem alguns coeficientes ou alguns termos independentes indicados por outras letras são denominadas equações literais.
As letras que aparecem numa equação literal, excluindo a incógnita, são denominadas parâmetros.
Exemplos:
ax2+ bx + c = 0 incógnita: x
parâmetro: a, b, c
ax2 - (2a + 1) x + 5 = 0 incógnita: x
parâmetro: a
Equações literais incompletas
A resolução de equações literais incompletas segue o mesmo processo das equações numéricas.
Observe os exemplos:
-
Resolva a equação literal incompleta 3x2 - 12m2=0, sendo x a variável.
Solução
3x2 - 12m2 = 0
3x2 = 12m2
x2 = 4m2
x=
Logo, temos:
-
Resolva a equação literal incompleta my2- 2aby=0,com m
0, sendo y a variável.
Solução
my2 - 2aby = 0
y(my - 2ab)=0
Temos, portanto, duas soluções:
y=0
ou
my - 2ab = 0 my = 2ab
y=
Assim:
Na solução do último exemplo, teríamos cometido um erro grave se tivéssemos assim resolvido:
my2 - 2aby= 0
my2 = 2aby
my = 2ab
Desta maneira, obteríamos apenas a solução .
O zero da outra solução foi "perdido" quando dividimos ambos os termos por y.
Esta é uma boa razão para termos muito cuidado com os cancelamentos, evitando desta maneira a divisão por zero, que é um absurdo.
Equações literais completas
As equações literais completas podem ser também resolvidas pela fórmula de Bhaskara:
Exemplo:
Resolva a equação: x2 - 2abx - 3a2b2, sendo x a variável.
Solução
Temos a=1, b = -2ab e c=-3a2b2
Portanto:
Assim, temos: V= { - ab, 3ab}.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Racionalização de denominadores
Racionalização de denominadores
Considere a fração: que seu denominador é um número irracional.
Vamos agora multiplicar o numerador e o denominador desta fração por , obtendo uma fração equivalente:
Observe que a fração equivalente possui um denominador racional.
A essa transformação, damos o nome de racionalização de denomindores.
A racionalização de denominadores consiste, portanto, na obtenção de um fração com denominador racional, equivalente a uma anterior, que possuía um ou mais radicais em seu denominador.
Para racionalizar o denominador de uma fração devemos multiplicar os termos desta fração por uma expressão com radical, denominado fator racionalizante, de modo a obter uma nova fração equivalente com denominador sem radical.
Principais casos de racionalização:
1º Caso: O denominador é um radical de índice 2: Exemplos:
é o fator racionalizante de
, pois
.
=
= a
2º Caso: O denominador é um radical de índice diferente de 2. Exemplos:
é o fator racionalizante de
é o fator racionalizante de
é o fator racionalizante de
é o fator racionalizante de
Potência com expoente racional
Observe as seguintes igualdades:
ou
Igualmente podemos transformar uma potência com expoente fracionário em um radical.
De modo eral, definimos:
, com a
R,m,n,
N, a >0, n>0, m>0
Podemos também transformar um radical com expoente fracionário:
Propriedade das potências com expoentes racionais
As propriedades das potências com expoentes racionais são as mesmas para os expoentes inteiros.
Sendo a e b números reais e positivos e os expoentes números racionais, temos que:
Exemplo:
